domingo, 24 de janeiro de 2010
VEJA e a crise Brasil-EUA no Haiti
Jornalismo livre é algo difícil de existir e sua problemática está até no conceituar tal expressão. Se considerarmos jornalismo livre como sendo a liberdade do jornalista de emitir opiniões independentes, devemos ter em conta que este precisa prestar contas a seu veículo, seja jornal impresso, TV, ou até site. Alguns veículos imprimem sua marca de tal forma sobre os seus jornalistas que quando surge um assunto já se sabe qual será a posição das reportagens. A vantagem de se escrever em um blog é justamente a extrema liberdade que se ganha.
O Brasil e os EUA estão, diante da tragédia do terremoto do Haiti, disputando a liderança da administração da ajuda humanitária e ,principalmente, a segurança na área arrasada. Apesar de liderar a missão de paz da ONU na ilha caribenha, a minustah, o contingente do Brasil foi ultrapassado pelo dos EUA em termos numéricos.
Qualquer um sabe que esse não é o momento de se mostrar mesquinho, toda ajuda é bem-vinda e até necessária. O grande problema é que os norte-americanos estão agindo como se fossem os legítimos líderes dos esforços humanitários. Enquanto os cubanos abriram o espaço aéreo para aeronaves norte-americanas se apressarem em chegar a ilha arrasada, os EUA monopolizaram um aeroporto haitiano inteiro e se sentiram no direito de impedir a chegada de aviões com suprimentos, desviando-os para a República dominicana. Os desmandos estão nesse patamar.
Como era de se esperar, o Itamaraty e o governo dos EUA estão entrando em uma discreta contenda diplomática. O Brasil está a muito tempo na região, conhece melhor o país e conta com ampla simpatia da população, sem contar com o mandato da ONU.
Onde o jornalismo livre entra nisso? Frente a tal conflito de interesses e a urgência em se agir para que se evite uma tragédia ainda maior como se deve comportar um jornalista e um veículo de comunicação? Talvez seja ingenuidade dizer que com isenção, mas nunca é demais desejá-la.
Quando me deparei com uma reportagem da VEJA falando sobre tal questão, não me espantei com esse jogo de cartas marcadas. A revista não esconde sua antipatia pelo atual presidente e, portanto, rejeita cada passo dado pelo governo, tanto em políticas de governo quanto em políticas de Estado. Certo jornalista da revista VEJA, ao tratar do assunto argumentou que esse era o momento de o Brasil somar forças com os EUA e segui-lo na tarefa de reconstrução do Haiti. O jornalista criticou fortemente o governo brasileiro por não seguir a velha fórmula do alinhamento automático que não nos levou a lugar algum. Para certas pessoas que tiveram suas idéias forjadas na dinâmica da Guerra Fria é inconcebível outra postura além de seguir ou enfrentar os EUA.
O grande problema disso tudo é que ninguém se surpreende de ler na VEJA o conselho de o Brasil largar suas aspirações a nação soberana para voltar a ser um preposto colonial. Não é de surpreender ninguém a posição subalterna que a revista VEJA deseja para o país, o que surpreende mesmo é que essa nova versão do “Tribuna da imprensa”, jornal do nada saudoso Carlos Lacerda, o demolidor de presidentes, venda tanto.
Pelo menos uma vez a revista VEJA poderia ficar do nosso lado ao invés de alimentar esse grande complexo de inferioridade que nossa nação ainda ostenta.
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Em se tratando dessa revista, isso não me espanta em nada, nada que venha a sair nela me surpreende; pois como voce mesmo disse, já sabemos o tom com que eles abordarão o tema.
ResponderExcluirSobre o Haiti, chega mesmo a ser mesquinho discutir sobre liderança diante de tanta dificuldade enfrentada pelo país, não se pode negar a enorme ajuda mas aí o EUA chegar e tomar de conta de tudo, como se sempre estivessem lá, já é demais, vi haitianos falando que eles querem dominar tudo, a polícia daquele país então, não sabem o que fazer nem de quem seguir ordens, estão como se estivessem em terra entrangeira. Outra coisa que vi um haitiano falando foi que o país deveria adotar a bandeira dos Estados Unidos, e juro que até hj não entendi tal comentário, se foi ironia ou se ele fazia um protesto.
De qualquer forma, esperamos que as atenções estejam voltadas aos feridos, desabrigados, órfãos; da forma que vemos as coisas, parece que o único jeito é tirar todos do país, e reconstruir tudo, com a ajuda de todos, sem essa de querer disputar território ou autoridade.
É verdade que o Brasil tinha um mandato das Nações Unidas antes .. mas agora a situação mudou.
ResponderExcluirtalvez alguém deve olhar para os fatos sobre o aeroporto. voos foram mais capazes recebidas antes ou depois que os americanos tomaram o controle? Tem sido relatado o número de vôos aumentou realmente. você não pode ter o caos no aeroporto. alguns vôos tiveram que ser desviados em primeiro lugar. você quer que a única pista operacional fechado devido a um acidente? uma colisão no ar?
Alguém já ouviu falar de quaisquer reclamações dos comandantes militares brasileiros no Haiti? que eles disseram algo negativo sobre os militares americanos? Eu aceitaria as suas queixas, mais do que os políticos que acham que seus pés estão a ser pisados. alguém me dê um link para comentários feitos pelo líder militar brasileiro. Estou curioso para saber o que pensam.
sorry i do not speak portuguese but i hope my questions and my response to the professor is understood
it seems that the american general and brazilian general are friends. i am sure the can work out any problems(if any) ..
ResponderExcluirhttp://www.time.com/time/specials/packages/article/0,28804,1953379_1953494_1956342,00.html?xid=yahoo-feat
Though he led a Ranger team in the first Iraq war, the Kentucky native has spent most of his distinguished military career waging peace, with stints primarily in the Americas and Europe. An expert on Latin America, Keen speaks Spanish and Portuguese, and he and his wife of 35 years, Mary Ellen, have a Colombian adopted daughter, Marta, 11. In fact, Keen and the commander of the U.N. forces in Haiti, Brazilian General Floriano Peixoto, have known each other for more than 30 years. Not only did they train as paratroopers together in joint sessions when Keen was posted in Brazil, but they were (friendly) rivals who used to try to one-up one other in push-ups and on runs. ("It's so long ago, I can't remember who won," demurs Keen diplomatically.) Keen "has a long-standing history working with General Peixoto and the United Nations and with a number of partners here," said USAID administrator Rajiv Shah, emerging from a meeting with Keen at the U.S. embassy in Haiti on Jan. 23. "He's the ideal leader for the job."
Read more: http://www.time.com/time/specials/packages/article/0,28804,1953379_1953494_1956342,00.html?xid=yahoo-feat#ixzz0dfUl861B
Não existe veículo de imprensa nesse país que não esteja refém de políticos ou empresários. Seja VEJA, seja CARTA CAPITAL, todos escolheram seu lado, e usam reportagens catecistas como forma de convencer o leitor de que sua opnião é a melhor, ou a certa. No caso do Haiti, era esperado que um presidente recém eleito como Obama quisesse mostrar serviço ante a comunidade internacional, o terremoto no Haiti só facilitou sua pretensão de mostrar como ele pode ser um GRANDE LÍDER. Os EUA nunca primaram pela modéstia em suas ações, não combina com o super ego do Tio Sam. Era esperado essa intransigência de um país que quando espirra, todos gripam.
ResponderExcluirhmmmm...what you wrote does not make much sense to me at all(even translated into english) Are you saying that it is ok that the americans are there helping but we should be more modest about it? more humble? ok...and that Obama only sent help to show the world he is a great leader? so it was a political move on my president's part? I am no fan of Obama but you can not really believe this? or maybe i have no idea what you are saying. it is funny to me that the Tio Fidel receives praise for allowing american planes to fly over his airspace...the united states is critized for monopolizing the airstrip in haiti? think about this....cuba allowed american flights to fly over their country....enroute with help to haiti..ha ha thanks Tio Fidel for allowing that. Once again I ask for someone to provide me with an example of an incident in haiti where the presence of american troops some how hindered or prevented aid to the haitian people? do not say simply...the united states is acting as if they are in charge of haiti...how does one "act" in charge? "The big problem is that the Americans are acting as if they were the legitimate leaders of humanitarian efforts" really? who is the legimate leader? is there a legimate leader in haiti? the united nations? is there a haitian government to speak of? hundreds of thousands of people have been killed...and we complain about "arrogance" and "acting as if they are in charge" do you think the haitians that have been rescued or have received food, water and shelter give a shit who "is in charge" do you think that it matters from where the bottle of drinking water came from if you are thirsty? ( hey thanks for the water..i have been under my collapsed house for days...what's this?? this water came from Holland???? no thanks....I'll wait. what?? an american sent this blanket?? no thanks....I'll wait for a blanket sent by France...) see how stupid this seems? I know...let's put Chavez in charge of the relief efforts in Haiti. If he can take a break from shutting down opposition television stations and newspapers in his country maybe he can put on is red paratrooper beret he loves to wear so much, his jump boots, and squeeze his fat belly into is BDU's and fly there in his Russian built jets that he has spent so much of his peoples oil wealth on. This way Senor Chavez can insure that the gringos are not taking over. Do not forget to stop in Bolivia and pick up your little mouth piece Evo. Senhor Morales has a load of coca leaves for the haitians to chew on. This will help their hunger so they will not need to eat the gringos food. Thanks again Tio Fidel for "allowing" the imperalist gringo invaders to fly over your country. You were a big help.
ResponderExcluirLendo sua postagem eu me lembrei da posição, super idêntica( será só coincidência?! rsrs)da revista citada na crise hondurenha. Eu até postei uma "confrontação" entre as opiniões da veja e da carta capital ( se quiser dá uma olhadinha é só ir no mês de setembro lá no meu blog). É mesmo incrivel como a veja sempre faz isso...
ResponderExcluirMas eu acho que vc teve uma frase chave "O grande problema disso tudo é que ninguém se surpreende de ler na VEJA o conselho de o Brasil largar suas aspirações a nação soberana para voltar a ser um preposto colonial". O que eu sempre me pergunto é: O q a revista vai ganhar com isso?!
Os EUA não me surpreenderam ao se posicionar dessa maneira invasora e sempre querendo tirar vantagens da situação. Como a sua empreitada terrorista não deu certo no oriente médio, eles já devem está elaborando seus planos para tentar subjugar a america latina. E no que depender da veja, ele terá total apoio e nehuma resistência.
Pois é, Tatiana, como vc bem disse: " o que a revista vai ganhar com isso? "
ResponderExcluirPois é, Tatiana, como vc bem disse: " o que a revista vai ganhar com isso? [2]
ResponderExcluirmuito bom o conteudo heim
www.blogosintocaveis.blogspot.com