segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Símbolos do Brasil


Em geral, os países, os povos, as nações, têm símbolos que são trazidos a mente quando estes são mencionados. Esses símbolos e emblemas servem para construir uma imagem de determinado país para os de fora.
Assim, temos por exemplo a imagem dos americanos. Auto-confiantes, arrogantes, modernos, beligerantes, bons negociadores, dentre outros. Os “yankes” têm como símbolos a águia, o cowboy, o piloto de caça, o rebelde sem causa, com jaquetas pretas e topete, o patriotismo, a bandeira. Isso logo nos vem a cabeça quando se trata do “tipo ideal” norte americano, para usar um antigo instrumental teórico.
Com relação aos russos nós imaginamos pessoas truculentas, duronas, que expulsaram Napoleão, Hitler e ainda hoje não se dobram aos pés dos seus antigos rivais de guerra fria. Seu animal símbolo é um urso.
Dos chineses pensamos que são sábios, milenares e donos de algumas das maiores invenções que a humanidade já criou, como a pólvora por exemplo. A sabedoria chinesa teria também legado ao mundo o livro “a arte da guerra”, de Sun Tzu. Seguindo o racioncínio termos os japoneses, que também tem o estigma da sabedoria. Seus guerreiros são lendários: Samurais, ninjas, e kamikazes.
Entre os europeus vemos vários símbolos nacionais como mosqueteiros franceses, soldados alemães, legionários romanos, desbravadores espanhóis e vários outros. Quando pensamos em árabes imaginamos cemitarras e conquistadores da Jihad.
Mas e entre os brasileiros? Se queremos nos tornar um player no concerto das nações, virar um grande país com acento no conselho de segurança da ONU, precisamos reformar nossa sociedade como um todo. A solução é olística. Se quisermos ser um império precisamos romper com nossa tradição colonial. No coração ainda estamos de joelhos.
Sim, símbolos. A mulata. Lindas mulheres negras tem colorido o nosso cotidiano, sorte nossa. Parece, no entando que tudo o que nós temos de bom precisa ser compartilhado com os “gringos”. Tudo o que nós temos é bom demais para termos sozinhos e então fazemos o que? Prostituímos nossas mulheres e as oferecemos aos estrangeiros. Esse orgulho em oferecer as brasileiras aos de fora é algo tão subserviente. O país se torna assim um grande bordel, ao invés de potência, somos cafetões do meretrício chamado Brasil.
Urso, águia, leão, galo? Não, papagaio. Sem mais comentários sobre isso.
E o tipo ideal do brasileiro, qual é? Um malandro carioca que passa seu tempo tentando ludibriar as pessoas com o amável “jeitinho brasileiro”. Ao meu entender ,esse jeitinho brasileiro tem um nome mais curto: desonestidade. Quem elegeu os cariocas como representantes do espírito brasileiro? Ficarímos melhor se o nosso tipo ideal fosse um capoeirista, um gaucho, um cangaceiro ou um bandeirante. É claro que nosso animal deveria ser a onça. Seriamos mais respeitados se nos mostrassemos como nação soberana ao invés de um circo de diversões para euro-americanos. É claro que o maior palhaço nisso tudo sou eu e você.
A mudança deve ser total. Mudemos nossos símbolos. Ou nos tornamos uma grande nação ou permanecemos um prostíbulo.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Roriz e o PSC


Interrompo aqui a série sobre as candidaturas possíveis às eleições 2010 para presidente da república para tratar de um assunto sério. Também interrompo o meu distanciamento para demonstrar claramente a minha opinião. O bom de ter um blog é que podemos ter opinião independente e independente até mesmo do leitor, que lê se quiser. O assunto agora é a candidatura de Joaquim Domingos Roriz.
Quem é do Distrito Federal conhece bem essa figura. Por muitos anos as eleições ao governo do DF se polarizaram entre o partido PT e qualquer que fosse seu candidato e o candidato Roriz e qualquer que fosse seu partido.
Durante mais de uma década, se for contados todos os seus mandatos (quatro) Roriz e, diriam alguns, mas não eu, sua quadrilha incharam a cidade e trouxeram o aumento vertiginoso da violência. Hoje é muito comum se falar em estupros, sequestros-relâmpagos e engarrafamentos. Mas que culpa tem ele, a culpa é nossa pois viviamos num lugar bom demais para ser verdade. Não vivemos mais.
O que vai ser dito aqui todo mundo que mora por essas bandas já sabe: Roriz inchou a cidade trazendo pessoas de fora para votarem nele, a maioria dos brasilienses votava contra. Ah, permitam-me a ousadia, vários daqui votavam nele por que recebiam empregos, cargos comissionados. A máquina pública era inchada, tudo era inchado. Como diz o ditado, quem se vende sempre recebe mais do que vale. Essa parcela da classe média que se vendeu recebeu em violência urbana seu quinhão nesse mar de lama. Abismo atrai abismo.
E já que citei a Bíblia, vamos falar sobre para onde o nosso querido coronel do DF foi. Para o PSC. Nada mais cristão. Por um tempo eu pensei que o destino do PSC seria lutar por bandeiras conservadoras como contra o casamento gay, contra o pl 122/06, contra o aborto, esse tipo de questões, mas mais uma vez o idealismo dá lugar ao sublunar, ao material. Mamon vence novamente.
Eu gostaria muito que tirassem o C de cristão do PSC, por que como cristão me sinto ofendido. Mas, essa é a vida. Acho que tem coisas que só são julgadas corretamente na morte.
Outra coisa que talvez aconteça é a entrada do Bispo Rodovalho como vice na chapa de Roriz. Se isso acontecer então aconselho que nos cultos da sara nossa terra se fale mais em prosperiadade e menos em ética. Fico triste, gosto daquela igreja. Sou protestante, mas graças a Deus que a CNBB está do lado certo.
Fazendo agora uma análise mais fria, depois do momento de indignação, vemos que a situação de Roriz não é boa, mas que o velho leão sempre tem chances reais quando as eleições ocorrem em seu curral eleitoral, o DF.
Quem detestava Roriz, continua detestando, ou seja, metade da cidade. Da outra metade que sobrou muitos viraram arrudistas e outros permanecem leais ao antigo coronel. Para virar isso, Roriz precisa vencer o anti-rorizismo de muitos, pq sua antiga base aliada está rachada. Ou seja, quem era anti-roriz tem que virar anti-arruda. Embora seja possível um anti-roriz ser mais anti-arruda, é difícil. Percebe-se então que parece ser possível que o cacique de Luziania pode estar perto de perder sua primeira eleição na vida. Se for vai ter valido a pena. Uma derrota em uma eleição seria mais gostosa do que a renúncia no senado. Talvez seja tempo de se pagar o que foi feito. O inferno não pode esperar.